Joseph Nicolosi, Linda A. Nicolosi. Cómo prevenir la homosexualidad

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Joseph Nicolosi, Linda A. Nicolosi. Cómo prevenir la homosexualidad (A Parent’s Guide to Prevening Homosexuality) Palabra. Madrid (2009). 208 págs.

Cómo prevenir la homosexualidadO livro, tradução espanhola do original em inglês, tem por autor o fundador da NARTH (National Association for Research & Therapy of Homosexuality). Esta instituição oferece psicoterapia a todos aqueles homens e mulheres homossexuais que buscam uma mudança na orientação sexual. Respeitando o direito dos indivíduos a escolher o seu próprio destino, a NARTH fundada em 1992, abre um fórum de discussão e ajuda terapêutica para aqueles que se defrontam com uma homossexualidade não desejada.

O livro recolhe a ampla experiência clínica deste  psicólogo americano e se constitui numa coleção de conselhos e advertências dirigidas principalmente aos pais. Sem entrar em polêmicas, atenta para as ações terapêuticas que, com apoio de um profissional, os pais podem praticar quando se deparam com um filho com Transtorno de Identidade de Gênero  (TIG).

O TIG se apresenta geralmente na  infância, na primeira década de vida. Os garotos com TIG que desembocam na homossexualidade, buscam o amor paterno que não tiveram na infância.

A tríade que facilita este caminho para a homossexualidade, e que pode ser prevenida com aconselhamento, é um temperamento sensível, aliado a um pai ausente (sem modelo masculino) e uma mãe excessivamente protetora e monopolizadora. O conselho é claro: o pai tem de envolver-se mais, a mãe saber retirar-se, e ambos compreender que a sensibilidade temperamental do filho deve ser respeitada e integrada no universo masculino.

Um menino com TIG pode ser sensível, amável, sociável, com talento artístico, educado e heterossexual. Pode ser artista, ator, bailarino, cozinheiro, músico e heterossexual. Isto é parte do que ele é, desse maravilhoso leque de capacidades humanas que ninguém deve desmotivar. Com uma adequada reafirmação masculina e com apoio, todas essas habilidade podem desenvolver-se no contexto de uma masculinidade heterossexual normal.

Para isto é essencial o papel do pai. Mostrar-se disponível, ter uma relação afetiva com o filho, forte e benevolente. Não se trata de projetar-se no filho com todas as peculiaridades do pai, mas de ajuda-lo a ter um modelo masculino para que seguindo o seu modo de ser, desenvolva sua masculinidade dentro das características pessoais com as quais nasceu. Tem de aprender a ter orgulho de ser homem. E isso se consegue com atenção, afirmação e afeto.

Estes conselhos, amplamente repetidos e ilustrados com exemplos ao longo do livro, apoiam-se também em afirmações que a cultura atual torna confusas: a homossexualidade não é condição de nascença, como é a raça, a origem étnica, a procedência cultural.  Não é condicionamento genético. Estudos com gêmeos mostra que em caso de um homossexual, o outro gêmeo somente o é em 38% dos casos. E isso tendo em conta que costumam ser educados juntos. O ambiente e a educação tem um papel decisivo no desenvolvimento da sexualidade.

Um livro que pretender ser terapêutico para aqueles que buscam ajuda, faz questão de dizer que a ajuda existe. Talvez por isso não omite o que todos os médicos sabemos, faz muito tempo. Em 1973, a APA (Associação Americana de Psiquiatria) eliminou a homossexualidade do DSM  (Diagnóstic and Statistical Menual), que é o compêndio de doenças psiquiátricas. Não por motivos clínicos ou terapêuticos, mas por outros de ordem político, fruto de pressões sociais lobísticas. Lembrei de uma conversa que tive nos anos 70 com um professor titular de psiquiatria, comentando-me esse assunto: “Avizinham-se tempos difíceis –disse-me. Quando não se considera doença uma condição, de fato fica difícil buscar ajuda terapêutica. Ninguém busca terapia para mudar de raça, ou melhorar o QI. Vamos nos omitir com muita gente que gostaria de ser ajudada”.

Para confirmar esta quase profecia, valha o relato que consta no final do livro. Trata-se do testemunho de Robert Spitzer , um dos psiquiatras que articulou a mudança do DSM em 1973, após um estudo que ele mesmo realizou no final do século XX, entrevistando duas centenas de sujeitos que tinham mudado a sua orientação homossexual com terapia. Sua conclusão deixa no ar um certo eco, a modo de lamento, da ação tomada 30 anos antes: “Contra o que pensa a sabedoria convencional, quando se utiliza uma variedade de instrumentos e métodos, alguns indivíduos altamente motivados podem fazer câmbios substanciais em diversos indicadores da sua orientação sexual e conseguir um bom funcionamento heterossexual”

Um livro simples, direto, que não se envolve em polêmicas. Não pretende impor nenhum critério, ou padrão moral, mas apenas ajudar os que, voluntariamente, querem ser ajudados. Respeitar esta decisão é também parte da sociedade multicultural e pluralista que hoje defendemos.

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