Roberto Minadeo : “O Talismã Oculto”.

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Roberto Minadeo : “O Talismã Oculto”. AZ7 Editora 2022. 229 págs.

Quando recebi o livro, diretamente do autor, com carinhosa dedicatória, pensei que se tratasse de uma versão literária daquele filme intrigante e inspirador: O sexto sentido. A cena onde o menino diz ver mortos que não sabem que estão mortos, circulou inúmeras vezes nas minhas palestras de educação medica e formação de pessoas. O mais difícil é tentar ajudar a quem nem sabe -nem quer saber- que precisa.

Mas o livro, e o Talismã, não tem nenhuma relação que esse cenário. Consiste na sequência de narrativas dos poderes de Paul, desde detetive até bombeiro, passando por salvador de inocentes. Mas falta uma trama que construa tudo isso de um modo lógico e atrativo.

Seria uma espécie de anjo da guarda? Muito acelerado me parece. Uma figura incansável, numa enxurrada de narrativas e ações, sem nenhum parágrafo de reflexão, de transcendência, em puro ativismo , que torna o livro cansativo. Sai da leitura  fatigado, próprio de quem escreve sem pontuação, ao estilo Saramago, mas também com uma trama que se perde. Muita árvore para nunca saber onde está o bosque, ou se o bosque existe. Falo com sinceridade, porque o livro me lembra o meu amigo, professor e escritor, que tem essa mesma caraterística. Um furação de ideias e de ações.

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Kyung-Sook-Shin: “Por favor, Cuide da Mamãe”

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Kyung-Sook-Shin: “Por favor, Cuide da Mamãe” . Ed Intrínseca. Rio de Janeiro, 2011. 236 págs.

Foi a veemente recomendação de um amigo –professor e humanista- o empurrão que me fez aventurar-me nesta leitura. Tratando-se de uma autora coreana, devo confessar que o mundo oriental não é a minha inclinação natural.  Deve ser, sem dúvida, uma deficiência da minha sensibilidade, pois há muito que aprender do humanismo, subtil e encantador do oriente, mas nem todos possuímos essa sintonia peculiar.  Anotei o nome do livro, procurei-o na internet –onde me deparei com um alerta que qualificava a obra como romance lacrimogêneo- e o encomendei através do estantevirtual.com, recurso maravilhoso para adquirir a preços módicos todo tipo de livros. Felizmente, a sugestão do meu amigo prevaleceu, e parti para a leitura.

O argumento é simples: uma senhora de idade, com certo grau de demência, perde-se no metrô de Seul. A família –quatro filhos e o pai- inicia a busca. E a busca mergulha nas lembranças que se transformam numa descoberta daquela mulher, mãe e esposa, que mal conheciam. A perdida física é apenas desculpa para revelar uma carência substancial de conhecimento daquela que convivia e cuidava de todos, com esmero e dedicação. O livro é um buquê de reflexões das filhas, dos filhos, do esposo que, agora, sentem falta dela e lamentam a indiferença com que a tratavam.Leia mais

Domenico De Massi: Alfabeto da Sociedade Desorientada.

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Domenico De Massi: Alfabeto da Sociedade Desorientada. Ed. Objetiva. Rio de Janeiro, 2017. 600 págs.

Eis um livro difícil de ler, incômodo. Ou talvez não é para ser lido, apenas consultado. Essa foi a conclusão à qual cheguei após iniciar a leitura, parar, retomar, parar novamente, e enfrentar, agora sim, com leitura dinâmica, em diagonal. Porque no fundo, não é propriamente um livro -onde se desenvolve uma tese, um pensamento ou ensaio- mas um acúmulo de conhecimentos (ninguém pode negar isso ao autor), empilhados a modo de dicionário, ou, talvez de enciclopédia. Daí o nome, alfabeto, que é apenas um recurso para falar de tudo, atrelado à cada letra.

Vale a pena ler a orelha. Mas querer falar de tudo é um pouco cansativo. Ninguém le um dicionário por mais informação que isso lhe traga. Erudição enorme, que na prática é difícil transformar em cultura. Um índice de verbetes no final -um dicionário deste dicionário- ajudaria na hora de consultar. Ler direto é tarefa inglória. O tempo do enciclopedismo já passou. Se isso é árduo para os que nos consideramos leitores razoáveis, pode se imaginar o desânimo que causa nos menos familiarizados com os livros, e  para os jovens de hoje. Por outro lado, o formato não permite usá-lo como obra de consulta -que seria utilíssima. Enfim, uma erudição de difícil aproveitamento. O muito que eu não sei…..Mas embora a ideia seja guiar, não nos dá uma pauta de prioridades. Pode ser que a emenda saia pior do que o soneto. E afinal, quando há muitas árvores, acabamos não enxergando o bosque.

Dito isto -sem perder o respeito pelo autor, que já conhecia e admirava pelo conceito muito bem desenvolvido do ócio criativo- é justo apontar alguns trechos que, nessa leitura rápida -como um drone, desde a altura- me chamaram a atenção.

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Um segundo: Poesia na tela, um Cinema Paradiso chinês!

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Direção: Zhang Yimou.  Yi Zhang,  Haocun Liu , Wei Fan,  Ailei Yu ,  Shaobo Zhang ,
Fotografía: Zhao Xiaoding. Montaje: Yuan Du. Música: Lao Zai. 105 min.

Comentei, a propósito de Sombra, o último filme de Zhang Yimou que assisti, que não sou versado em cinema oriental. Mas também adverti que quando me aventuro nesses caminhos, acabo por surpreender-me. Com Yimou tem sido assim….desde longa data. E, Um segundo (coloco o link porque até onde consigo ver, carece de nome em português), foi outra agradável surpresa. Mas surpresa oriental, como aquela porcelana chinesa que no início se percebe, nos acostumamos a ela, e com o passar do tempo, sentimos falta de revê-la, de contemplá-la. Suave, delicada, sem barulho. Cinema em low profile, mas que o tempo faz decantar e inserir-se na alma.

Um sujeito caminhando no deserto. Uma órfã malandra que rouba celuloide. Uma criança maltratada porque desbaratou um abajur ….de celuloide. Um empresário que projeta, uma vez e outra, o mesmo filme, um filme propaganda do partido comunista chines. O filho desajeitado que quase deita a perder o filme. As mulheres limpando, lavando, secando as fitas do filme, penduradas como roupa num varal. Um documental prévio, onde a filha do homem do deserto -um presidiário- aparece um instante…..um segundo! E assim, nessas miniaturas delicadas -porque mais do que porcelana, são miniaturas chinesas de velhos códices- Zhang Yimou desenha o seu próprio Cinema Paradiso!

Essa foi a minha conclusão, não quando assisti, porque de início pareceu-me um filme menor. Mas, depois, pensando, tudo foi tomando forma. O cinema oriental, o bom, tem esse efeito retardado, Slow-release como os médicos denominamos algumas apresentações de fármacos. A órfã que rouba celuloide para proteger o irmão; o presidiário que zela pelo filme -que o recupera da ladra, e bate nela- para proteger aquele segundo onde a filha aparece. E o empresário -Sr. Filme, diz a legenda traduzida- que capta o drama, emenda os rolos, e deixa passando, uma vez e outra aquele segundo impactante para um pai dolorido. E o povo que quer ver o filme -filhos e filhas heroicos, diz a tradução- não por estarem alinhados com o partido, mas porque amam o cinema. Amam a projeção, o local desajeitado -quase a praça da cidade onde Alfredo projeta a tela para Totó –Alfredo é belíssimo!!- em Cinema Paradiso, enquanto a trilha de Morricone embrulha o momento. Amam a preparação, e por isso limpam e lavam o celuloide, e circulam entre as fitas dependuradas secando, quase como as roupas no varal, aquelas que Nelson Gonçalves canta em Chão de Estrelas. E o espectador, sem saber exatamente o motivo, sente-se envolvido também naquele palco iluminado da vida, como um palhaço das perdidas ilusões……

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Franz Kafka: “O Processo”.

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Franz Kafka: “O Processo”.Digital Source . 252 págs.

A Tertúlia Literária leva-nos desta vez até um clássico de Kafka, sabendo que podemos esperar tudo dele, menos um argumento lógico. Se no outro clássico A Metamorfose, o protagonista vê-se transformado numa barata no dia do seu aniversário, agora, também no aniversário deste outro, o que surge é uma detenção, surpreendente, inexplicável, enigmática, de um funcionário aparentemente exemplar de um banco.

A experiência de Josef K (e eu gosto de imaginar que o K, não é de graça, mas um alter ego do escritor), não lhe ajuda a entender o que está acontecendo: “K. sempre manifestara inclinação para encarar todas as coisas com a maior ligeireza possível, em acreditar no pior somente quando o pior se apresentava, a não nutrir grandes cuidados pelo futuro mesmo quando tudo tivesse um aspecto ameaçador. Neste caso, porém, não lhe pareceu adequado levar o assunto em brincadeira”

O diálogo com os guardas e, posteriormente, com o inspector nada ajuda na perplexidade provocada pela situação: “Estes senhores que vê aqui, e eu, desempenhamos um papel completamente acessório em seu assunto, do qual, para dizer a verdade, não sabemos quase nada. Se trouxéssemos nossos uniformes do modo mais regulamentar possível, nem por isso sua causa estaria melhor do que está. Muito menos lhe posso dizer, a você, de modo algum que está acusado, ou, dizendo melhor, não sei se o está. O certo é que está detido. Isto é tudo quanto sei  (…) Se você continua tendo tanta sorte como na designação de seus guardas pode alimentar esperanças”.

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España, la primera globalización.

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España, la primera globalización. Direção. José Luis López-Linares. 2021. 1 h 50 min.

O filme é em espanhol, feito por espanhóis e, imagino -como se verá depois- para que os espanhóis o vejam….e revisem suas próprias ideias. Mas faço questão absoluta de escrever em português em atenção aos meus leitores habituais. Até porque, como bem apontam os que intervêm neste filme-documentário magnífico, o império espanhol -com duração de três séculos- não foi apenas um assunto dos espanhóis, mas algo que afetou o mundo e a civilização.

O convidativo chamado da primeira globalização, é apresentado de modo simples e direto. A China, na dinastia Ming, decidiu que a partir de certo momento (no século XVI) os tributos não seriam mais pagos em espécies, mas em prata. O problema é que não havia prata na China, e os grandes estoques de prata eram espanhóis, na Nueva España, quer dizer, no México. Cria-se uma ponte entre os Ming e os Habsburgo, -a casa de Áustria como a chamam os espanhóis- para resolver esta questão. De um lado os imperadores da China, do outro Felipe II, a quem por sinal, devem seu nome as Ilhas Filipinas (algo que, comprovei, nem todo o mundo sabe).

Após Colombo chegar na América -as Indias ocidentais- , e tendo sido avistado o Pacífico por Núñez de Balboa, Magalhães consegue entrar no novo oceano, através do estreito que leva seu nome. E de lá até Asia -Filipinas, Polinésia, Índia- e retornar contornando o cabo de Boa Esperança, para a península Ibérica. Houve tentativas de fazer o caminho de volta pela mesma  que se utilizou para chegar na Ásia, -das Filipinas até América, e de lá cruzar o Atlântico-, mas todas infrutuosas por conta das correntes. Somente em 1578, um frade estudioso -Urdaneta- e um navegador espanhol -Legazpi- conseguem acertar com a rota que saindo de Filipinas, regressa até Acapulco. Está feita a ligação, através do Pacifico, entre as necessidades da China, e a prata espanhola, convertendo-se Manila no centro das transações comerciais. E, nesse mesmo momento, Felipe II reivindica por direito sucessório que lhe cabe a coroa Portuguesa; quer dizer, o senhor de meio mundo.

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Elsa Morante: A História

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Ed. Record. Círculo do Livro. São Paulo. 634 págs. Editora ‏ : ‎ Relógio d” Água”. 2018) Lumen- Random.  Barcelona 2018. 775 págs. Record, 2009, 700 págs,

Tinha este livro em vista há tempo, desde uma leitura de Fabrice Hadjadj onde cita a Morante. Não lembro em qual dos livros dele o faz, porque o autor é instigante, polifacético, desconcertante. Talvez foi naquele sobre a família,  ou sobre a mística dos sexos. Em qualquer caso, estava com vontade de ler, tomei nota e agora lhe chega o momento, a propósito de nossa Tertúlia Literária mensal.

Abro o livro (edição em espanhol que tinha à mão), e me encontro com estes comentários que já me espicaçam: “Elsa Morante foi minha professora. É fascinante. Tentei aprender com seus livros, mas os considero insuperáveis”-diz Elena Ferrante. E outro, de uma autora que conheço, Natalia Ginzburg: “Como romancista e como leitora, o que senti ao ler A História é um sentimento de profunda gratidão para com Elsa Morante”.

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Eça de Queiroz: A Ilustre Casa de Ramires

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Eça de Queiroz: A Ilustre Casa de Ramires (em Obras completas- Centaurus Editora 2015, págs.  2810- 3140).

A Tertúlia Literária mensal me faz voltar sobre esta obra de Eça de Queiroz, após mais de três décadas de tê-la descoberto. E confesso que é um privilégio, uma necessidade -mormente nestes tempos de emojis, grunhidos, acrônimos e outras variedades que beiram o analfabetismo- , como uma lufada de ar fresco, descobrir a riqueza da língua portuguesa. Reaprender a se exprimir, a encontra a palavra adequada, le mot juste- como dizia Flaubert.

Gonçalo Mendes Ramires, um fidalgo de estirpe mais velha que o próprio Portugal, pois sua casa ultrapassa os mil anos, é o companheiro desse passeio onde degustamos o prazer do bem falar, da boa escrita. Os fidalgos decadentes, também como o próprio Portugal a quem Eça rende tributo. “Castanheiro fundara um semanário, a Pátria — com o alevantado intento (afirmava sonoramente o Prospeto) de despertar, não só na mocidade académica, mas em todo o País, do cabo Sileiro ao cabo de Santa Maria, o amor tão arrefecido das belezas, das grandezas e das glórias de Portugal! Devorado por essa ideia, a sua Ideia, sentindo nela uma carreira, quase uma missão, Castanheiro incessantemente, com ardor teimoso de apóstolo, clamava pelos botequins da Sofia, pelos claustros da Universidade, pelos quartos dos amigos entre a fumaça dos cigarros, — a necessidade, caramba, de reatar a tradição! de desatulhar, caramba, Portugal da aluvião do estrangeirismo!”.

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João Guimarães Rosa: Noites do Sertão.

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João Guimarães Rosa: Noites do Sertão. Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2013. 10 Ed. 304 págs.

É sempre um prazer -e uma necessidade para entender o Brasil profundo- a leitura de Guimarães Rosa. Desta vez, é o momento de Noites de Sertão, na edição magnificamente coordenada por Paulo Rónai, um húngaro que desvendou como ninguém os segredos do escritor mineiro, com quem teve uma sólida amizade e de quem já falamos em  outra ocasião neste espaço. Por isso, o prefácio que antecede os dois contos, é de leitura imprescindível.

Assim escreve Rónai sobre seu amigo médico e escritor: “Inventor de abismos, o autor de Corpo de baile localiza-os em broncas almas de sertanejos, inseparavelmente ligadas à natureza ambiente, fechadas ao raciocínio, mas acessíveis a toda espécie de impulsos vagos, sonhos, premonições, crendices, vivendo a séculos de distância da nossa civilização urbana e niveladora. São almas ainda não estereotipadas pela rotina, com receptividade para o extraordinário e o milagre. O escritor enfrenta-as em geral num momento de crise, quando, acuadas pelo amor, pela doença ou pela morte, procuram desesperadamente tomar consciência de si mesmas e buscam o sentido de sua vida. Esses abismos inventados dão reais calafrios. No fundo deles se vislumbram os grandes medos atávicos do homem, sua sede de amor e seu horror à solidão, seus vãos esforços de segurar o passado e dirigir o futuro (….) Essa figura mal esboçada grava-se entre todas na alma do leitor: do mesmo modo que ela, o próprio autor, feiticeiro disfarçado em diplomata, em escritor, em homem de sociedade, encerrado entre as paredes da sua repartição, da sua casa, da sua classe, delega para o cenário de sua adolescência não um emissário, mas cem — a turba multicor das personagens de Corpo de baile —, a fim de que lhe tragam os ingredientes indispensáveis à recomposição daquela paisagem. Já sabemos que, graças aos milagres constantes de uma memória excepcionalmente fecunda e criadora, elas se desincumbem a contento de sua difícil tarefa, a busca do tempo perdido, causa e fim de toda poesia verdadeira”.

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Mariano Fazio: De Benedicto XV a Benedicto XVI.

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Rialp, Madrid, 2009. 228 págs.

Tinha este libro na minha lista de pendências. Finalmente, aproveitando um final de semana longo, consigo decolar, passo pelas páginas com rapidez -por vezes quase em diagonal, já explico o motivo- e finalizo com algumas anotações, como é habitual nas minhas leituras. Leio o original em espanhol, escrevo estas linhas em português -em atenção à maioria dos meus leitores-e traduzo, em versão livre, algumas citações que extrai do livro.

A primeira advertência é que não se trata de um livro de História da Igreja, o que seria uma enorme pretensão, nessa ponte de um século entre os dois Papas Bento, o XV e o XVI. Assim o explica o autor na introdução que, parece-me ser essencial, porque contém a chave para entender o que se escreve a continuação: “O lugar que a religião tem a ocupar na esfera pública tem sido alvo de inúmeras reflexões nos últimos anos. Na nova perspectiva que a revelação inaugura, a sociedade política deve ajudar a alcançar a felicidade temporal, mas o cristão sabe que acima dessa felicidade está a esperança de uma Pátria eterna definitiva. Diante do dualismo cristão, baseado na distinção entre as duas ordens, sem confundi-las, mas também sem confrontá-las, surgem duas posições extremas, que assumirão diferentes formas nas mutáveis ​​circunstâncias históricas: o clericalismo e o secularismo (…) Se examinarmos as principais correntes culturais e ideológicas da Modernidade, constatamos de imediato que elas absolutizam um elemento relativo da realidade, transformado em chave explicativa do mundo, da história e da existência humana. Este livro pretende expor os marcos centrais da postura da Igreja no mundo contemporâneo —e em particular no processo de secularização—, por meio da voz autorizada dos Romanos Pontífices”.

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