Helga Schneider: “Deixa-me ir, mãe”. Berlendis Editores. São Paulo, 2001. 135 pgs.
São 135 páginas que narram o encontro da filha, hoje sexagenária, com uma mãe de 90, que abandonou ela, o irmão de ano e meio, e o marido, para cumprir sua missão e dever sendo guardiã das SS nos campos de extermínio. Um escrito real e psicológico, onde se mistura a falta de amor para uma mãe que nunca o foi, a repulsa, o sentimento de perdão, a obcecação de quem foi cortado por padrões de uma ideologia irracional. Momentos atuais –do encontro de um só dia, após 54 anos- com lembranças do passado e conhecimento das barbaridades provocadas pelos nazistas. Possui grande força narrativa quando se leva em consideração o contexto real: um diálogo, tremendo, de uma filha com a mãe a quem não vê há meio século.