Leonard Sax: “Garotas no Limite”

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Leonard Sax: “Garotas no Limite”. (Girls on the edge). Basic Books. New York. 2011. 258 pgs.

     Cumpri uma pendência que deixei anotada no comentário que fiz, um ano atrás, do livro de Leonard Sax, Boys Adrift, sobre a formação dos meninos. Aproveitando uma viagem neste ano, comprei o terceiro livro do autor, agora sobre a educação das meninas. Fascinante, como os anteriores, e preocupante. O autor expõe com tremenda clareza o que, na sua opinião, são os fatores que ameaçam a correta formação das garotas nestes tempos que vivemos. Suas afirmações tem um duplo embasamento: a sua experiência clínica (20 anos atendendo adolescentes como médico) e a extensa bibliografia, amplamente detalhada no final da obra. Pode se concordar ou não com as suas teses, mas ninguém poderá dizer que a pesquisa carece de profundidade e de apoio científico. Em qualquer caso, é um material riquíssimo para reflexão dos pais, pois é para eles que Sax escreve: ser pai não é uma ciência, mas um arte que deve aprender-se a praticar. Nem sempre se oferecem soluções que resolvam os desafios atuais. Traz elementos que fazem pensar, e que sugerem soluções que cada um deverá costurar por sua conta.

     A grande empreitada –o núcleo do livro- é sobre como ajudar às meninas a construir sua identidade como mulheres. E para tamanha tarefa, Sax convoca no fórum de discussão pesquisas recentes (a maioria procedentes de USA), pensadores e educadores, e tempera o cenário com histórias de vida das suas próprias pacientes. Uma cita de Rilke abre o espetáculo: “Entra dentro de ti e descobre quão profundo é o lugar de onde floresce a tua vida”. A identidade é saber quem você é, e não a aparência que você tem. Identidade não tem a ver com o teu aspecto, com o dinheiro que teus pais têm, quantas músicas guardas no iPod, ou amigos se amontoam no teu Facebook. Identidade é conexão com você mesma.

     Um dado, entre muitos, que faz pensar. As consultas nos serviços de psiquiatria cresceram 400% em meninas, comparado com 70% em garotos, em dez anos. E os antidepressivos em mulheres dobraram na última década: uma de cada 8 mulheres toma antidepressivos. Um estopim, a modo de abre alas do desfile, ou da parade, porque, insisto, são dados USA.

     Os desafios da educação não são exclusivos para as mulheres; são diferentes. Todos têm problemas, mas os problemas dos garotos são diferentes dos problemas que enfrentam as meninas no seu desenvolvimento. Os garotos lidam melhor com a solidão, se divertem com os vídeo games; as meninas precisam de conexões, de network, com outros e, principalmente, consigo mesmas. Os garotos perdem a motivação e se enfurnam no mundo virtual divertindo-se; as meninas tem motivação e querem sair ao mundo e triunfar. Mas, será que estão preparadas? Sabem relaxar, descansar, frequentar a sua intimidade? Quais são os fatores que devem levar-se em conta quando de educar garotas se trata?

     O primeiro fator é relativo à identidade sexual. Constata-se uma hipertrofia e precocidade desta dimensão, uma hiper sexualização das meninas. A sexualidade diz respeito a quem você é, não à sua aparência. Estimula-se nas meninas –as vezes são as próprias mães as responsáveis- para que tenham um jeito sexy, sem saberem ainda o que venha a ser a sexualidade. Para os garotos e os homens a sexualidade é muitas vezes a motivação para um relacionamento; pelo contrário, para as meninas, é a intimidade de um relacionamento estável, sentir-se amadas e cuidadas, o que precede e da sentido à sexualidade. As mulheres querem atenção, mas a cultura atual faz com que confundam atenção com estímulo sexual. O foco está completamente voltado para o seu próprio corpo, e a aparência corporal acaba substituindo o núcleo íntimo da personalidade. Uma verdadeira avalanche de meninas, ainda crianças, nos salões de beleza e no mundo da cosmética, confirma esta cultura.

     Cita-se uma pesquisa esclarecedoras a este respeito. Submeteu-se um grupo de garotos e outro de meninas a uma prova: resolver um problema de matemática. Tanto os meninos como as meninas foram, por sua vez, divididos em dois grupos: num deles, vestiam agasalho; no outro o maiô de banho. Tudo isto feito individualmente, cada participante num quarto isolado, sem nenhuma companhia ou observador. Comprovou-se que entre os rapazes não havia diferença entre os que estavam vestidos e os que usavam apenas uma sunga: o desempenho na resolução do problema era equivalente. No entanto, entre as garotas, as que estavam de maiô tinham uma performance muito inferior às que estavam de agasalho. É como se elas estivessem tão preocupadas com o seu corpo, que se distraiam da questão colocada. E conste que não havia ninguém olhando: eram cômodos individuais e isolados.

     A sexualização precoce das garotas não consegue apagar o que levam no coração. Dai o sucesso da série Twilight, numa procura de alternativas conservadoras, onde “o meu coração pertence a Edward”. Vampiros e sucedâneos vem preencher a saudade que toda mulher tem de que alguém a cuide, lhe abra a porta do carro, beije a sua mão, a escute com paciência.

     Um segundo elemento a ter em conta é o que Sax denomina a bolha cibernética. Estamos criando mulheres conectadas com o mundo inteiro, e desconectadas delas próprias. O destaque principal corre por conta do Facebook. Em outros tempos as garotas escreviam diários, sabendo que ninguém os leria; somente elas, no aconchego do seu quarto. E nos diários, vertiam a sua alma. Hoje escrevem para que outros vejam –principalmente as fotos (esse é motivo principal das redes sócias, conforme estudo realizado em Harvard: fotos!). E, a identidade, vai se esvaindo no meio do que se escreve que, não necessariamente é a alma: as pessoas acabam acreditando ser a sua identidade o que é socialmente aceito nas redes, e não o que de verdade são. O famoso ditado de que se você não vive como pensa, acabará pensando como vive tem hoje outra versão: acabar identificando-se com o que escreve, com o diário vitrine postado nas redes sociais, essa é a tua nova identidade.

     Um informe recente mostra que uma garota média americana manda mais de 4000 mensagens por mês, o que significa 135 mensagens diárias. São adolescentes globalmente conectadas, mas desmembradas delas próprias. Carecem do ambiente próprio da intimidade característica de uma mulher, onde se produzem os sonhos, desejos, tristezas, lágrimas e todo esse mundo feminino fascinante. Não há tempo para isso, nem espaço: tudo é público. E, com o tempo, nota-se que algo falta. Os pais não sabem o que fazer, e as garotas não dão vez. Não ligam mais para o que os pais dizem, mas apenas para o que os seus pares pensam: os pares com quem estão conectados nas redes sociais. É curioso o título de um livro citado como fonte, que em livre tradução poderia ser: “Caia fora da minha vida…..mas antes leve-me com a minha colega até o shopping”.

     As recomendações para os pais são diretas, contundentes. Se não viessem de um pesquisador, acadêmico, com 20 anos de experiência médica, poderiam interpretar-se como um patrulhamento quase inquisitorial: tire o computador do quarto da garota, vigie o que ele faz, o que ela manda, com quem ela se comunica. Existem ótimos programas para isso, mesmo para acompanhar as mensagens no smartphone. Esta recomendação, dura, está introduzida –como quase todas- com uma história. Uma garota de 14 anos, anteriormente diagnosticada como portadora de déficit de atenção (e, naturalmente, medicada para tal) chega ao consultório do Dr. Sax. A medicação ajuda pouco; mas a questão –que os outros médicos não tinham descoberto- é que ela dorme muito pouco, menos de 6 horas por dia. Motivo: Facebook noturno. Sax é contundente: diminui a medicação aos poucos e manda tirar o computador do quarta da menina. Ela descompõe-se em reclamações, mas felizmente a mãe entende e concorda: “respeitamos tua intimidade, mas o computador tem de estar num local público, onde teus pais possam ver o que estás fazendo. O quarto é para dormi”.

     Os pais devem estar no comando, mesmo que não entendam de redes sociais. E ser claros respeito ao tema. É preciso assumir o papel aparente de estraga-prazeres. “Não posso enviar as fotos, nem conversar sobre isso, porque o dinossauro do meu pai está impossível, acompanha tudo o que eu mando”. Não faz mal. Quando a garota tem 13 anos você é um guardião cruel. Mas quando tiver 18 –dai já voa sozinha- entenderá e agradecerá. É preciso estar no comando e dar exemplo: não atender o telefone na mesa quando estão jantando, nem checar e-mails. Frei exemplo é o melhor pregador.

     As redes sociais favorecem que tudo vire imagem. A identidade se dissolve em imagens. E os protagonistas aprendem a viver da cara à multidão –alimentando uma falsa ideia de serem personalidades, talvez para o seu público, numeroso mas sem relevância alguma. O tema é serio, porque vicia. E nem dizer quando tem sexo embutido, o que os americanos denominam “sextext”. Se o tema escabroso é ilustrado com imagens a adesão ao vício cresce rápida e perigosamente.

     Coloca-se ainda um terceiro e um quarto elemento que, embora mais distantes da nossa cultura, são motivo de preocupação para os americanos: as obsessões e a alimentação. Com relação às obsessões o autor destaca três: As comidas –o não comer; a dedicação excessiva ao esporte, e as qualificações escolares. A identidade se esgota nesses predicados e quando não se alcançam as conquistas desejadas, a identidade se esfuma. Tudo é uma anorexia da alma, falta de motivação, de sentido vital. “Quando tua filha diga que não tem tempo para se divertir –para relaxar- cuidado: aprenda a escutar, e não tenha presa em consertar o problema. Ouça com calma, sem querer consertar nada. É um bom começo”. Depois aprenda a fazer perguntas amplas: “fale-me de você, dos seus sonhos. Como você se definiria. E prepare-se para escutar, sem sentir-se na obrigação de oferecer soluções rápidas”. As pessoas não são carros, não basta ajustar o GPS para indicar o destino: tem de descobri-lo, construí-lo com tempo e com paciência. Ser pai é uma arte, não uma ciência.

     Se você não sabe quem você é, e o que você quer, torna-se vulnerável às obsessões. A culpa é também dos pais, que enchem a agenda antes de tempo, não deixam viver a infância. Neste ponto o autor faz uma advertência clara: Cuidado com a educação precoce, com querer ensinar muitas coisas sem nada saber do mundo, nem para que servem esses ensinamentos. O ser humano é a única espécie animal com infância longa. Outras espécies, mal saem da dependência materna, já se encaminham à reprodução. Os homens tem um período de latência, grande, longo: a infância. Não se pode encurtar esse tempo –que é onde se descobre o mundo- sem pagar as consequências.

     Uma vida cabal se consegue vivendo com plenitude e apropriadamente cada etapa dessa vida: sem atalhos que acabarão rendendo problemas posteriores.. Não se estica a criança para que cresça: nem fisicamente, nem intelectualmente. Este último aspecto está um pouco abafado por uma má entendida educação precoce. O autor lembra que a palavra Kindergarten (jardim da infância) , criada por Froebel na Alemanha em 1837, é exatamente isso: um jardim que as crianças menores de 7 anos cultivavam. Não se trata de aprender a ler e escrever, mas de entrar em contato com o mundo, com a natureza. Parece que o melhor que se pode fazer nessa idade é cultivar a terra, caçar insetos, sujar-se de lama, ver as nuvens no céu. Dar tempo ao tempo. Cuidado com acelerar o curriculum , e querer aproveitar a neuro-plasticidade para entulhar conhecimentos.

     Despertar o gosto para a leitura. Lembrei de uma experiência que eu vivi aos 10 anos. Chamava-se hora literária. Era toda segunda feira, de tarde, depois de uma hora e meia de futebol no intervalo e de um almoço rápido de 10 minutos (nessa idade ninguém troca comida pelo futebol). Mais de 30 meninos (eu estudei num colégio de rapazes, o que Sax comenta não me é desconhecido), ensimesmados, absortos, enquanto o professor, na frente, de pé, com uma música de fundo lia as Mil e uma Noites, ou as aventuras de D. Camilo e Pepone, ou interpretava com voz rouca Scrooge contando moedas às vésperas do Natal. Acabava pontualmente na hora e nós queríamos mais…..Somente na próxima semana. Inesquecível vivência, que hoje lembro com viço, não se desbota.

     Recomendações claras para esta idade: compre para as suas filhas brinquedos que não tenham “liga e desliga”, mas que promovam a criatividade. A bateria deve vir da energia da própria criança. Ver mundo, contato com a natureza, a experiência sempre fascinante do Zoológico. Dá mais trabalho, não é um aplicativo, não se compra pela internet. É a arte de ser pai. E esse é o momento preciso onde se constrói, lentamente, a identidade das garotas como futuras mulheres. A presença em casa do pai biológico (e não de qualquer homem) retarda a puberdade das meninas. Elas se tomam mais tempo, pois a presença do pai afetivo, que se envolve carinhosamente, é um aconchego necessário para uma maturação eficaz. As mães –que são importantes- não tem a mesma influência (novamente outra pesquisa) Se os pais são distantes –o que é mais normal quando o pai que está lá não é o biológico- a puberdade se acelera. Nem dizer, se ao invés de ajudar, ele a maltrata sexualmente. Um catalisador para virar mulher imediatamente.

     Enquanto saboreava estes conceitos, tão óbvios como por vezes ignorados, lembrei da canção que Doris Day cantava naquele filme de Hitchcock, “ O homem que sabia demais”. Que sará…..When I was a little girl, I asked my mother what would I be? Vale a pena conferir, porque está tudo ai.

     As implicações de todas estas recomendações atingem também a educação formal das meninas e, por tabela dos meninos. Leonard Sax está envolvido há muito tempo com a NASSPE (National Association for Single Sex Public Education) que promove colégios separados para meninas e para meninos em USA. Quando esta associação iniciou seu trabalho não passavam de 10 as escolas públicas para meninas . Hoje são mais de 500. No livro anterior já tinha discursado amplamente sobre este ponto, e agora insiste de novo. Os meninos aprendem de modo diferente: interessa-lhes a ação, não a descrição. Mas as garotas se prendem na descrição, na cor, no brilho, a não no movimento que a ação leva implícita. As humanidades, -arte, historia, literatura- se fragmentam ao serem ensinadas aos meninos, porque é o jeito que eles têm de aprender. Mas as meninas conseguem aprender melhor tudo junto. O autor se declara abertamente partidário da educação não mista (single sex), e apoia-se em pesquisas para mostrar que meninas que frequentam escolas públicas femininas conseguem até 6 vezes melhores qualificações que outras, com a mesma habilidade, que estudam em escolas mistas. Um argumento contundente, muito em sintonia com a promoção individual das pessoas, e as oportunidades oferecidas. Algo que seduziria a qualquer feminista.

     O colégio –dos 7 aos 17- é diferente da universidade, e do mundo, onde coincidem pessoas de diferentes idades e tendências. O colégio não é o mundo real. No colégio todos tem a mesma idade, e todos são potenciais parceiros românticos. As meninas estão mais ligadas –na educação mista- em sua aparência, do que em quem elas são de fato, na sua identidade. Um exemplo, muito acorde com a cultura americana, são as animadoras de torcida (cheer leaders). Na verdade é um esporte difícil e arriscado, com atividades que raiam a ginástica olímpica, mas as pessoas não são selecionadas pela aptidão física –o que seria correto- mas pela aparência (o que causou algum acidente fatal em USA). E adverte: “Anime a sua filha a escolher esportes onde o ênfase esteja no que ela faz, e não na aparência que tem quando se exercita”.

     Fomentar a dimensão espiritual é um ponto surpreendente, amplamente detalhado. De acordo com as pesquisas (sempre pesquisas ou histórias como pista de decolagem) a maior influência na dimensão espiritual das meninas vem dos pais. Os adolescentes podem negá-lo; podem até opor-se frontalmente às crenças (ou a falta delas) dos pais. Mas, a longo prazo, é o que mamaram na infância o que influencia depois. O autor coloca o desafio aberto: “Promova a dimensão espiritual da sua filha. Não importa que você não seja crente ou não pratique uma religião; é para o bem dela, não para o seu!” E adverte: “Quando não se promove esta dimensão, a sexualidade mal orientada trata de ocupar o lugar do espírito. E sobrevêm as frustrações, porque os garotos não conseguem preencher o vazio que existe no coração quando falta a dimensão transcendente que as meninas procuram no desenvolvimento da sua personalidade”. E ainda cita um livro de título sugestivo (Perfects girls, starving daughters), num testemunho contundente: “Algumas de nós, por falta do Deus com D, nos procuramos pequenos deuses. Adoramos tecnologia, celebridades, esportistas, estrelas do rock, modelos, vídeo games…São substitutos vazios, que não preenchem, e que levaram a minha geração a um lugar escuro e solitário. A garota perfeita deveria se perguntar não sobre o tamanho do estômago, mas sobre a qualidade da alma. Em que acredito? Qual é a minha proposta de vida?” É necessário estimular a rezar, a refletir. No mundo ruidoso em que vivemos, isso é sair na frente. Como diz T.S.Eliot: precisamos de silencio suficiente para que o espírito cresça.

     A dimensão espiritual implica transcendência, âmbito onde o sentido da vida vem à tona. Sax aponta que os americanos não costumam conversar com os filhos sobre o que é ser homem ou mulher. Não apenas um adulto indiferenciado –o que a nossa cultura de hoje fomenta- mas a projeção peculiaríssima do gênero. Esta perspectiva, não abordada, aliada a uma espiritualidade encolhida ou ignorada, estimula uma busca de opções para preenche-la. E o mercado é rico em opções de substituição com o modelo pronto, fast-food, de homem ou de mulher que, naturalmente, não é realista. Não funciona. É como beber água quando estás faminto.

     Honra o espírito feminino. Um lema com que o autor se depara num colégio de meninas em USA. O que significa: ‘não deixes que outro defina quem você ê: nem a mídia, nem os rapazes, nem a internet, nem mesmo outras garotas”. Para honrar e, antes, para melhor conhecer esse espírito feminino, Leonard Sax sugere um sadio relacionamento entre gerações, mulheres de diferentes idades. Quando são apenas garotas da mesma idade as que sentam à mesa do chá, corre-se o perigo de ruminar em conjunto problemas. As mais velhas –da idade da mãe ou da avó- ajudam com diferentes perspectivas. Uma comunidade de mulheres de várias gerações traz um substrato antropológico para colégios de meninas, do qual o autor é fã: não apenas para ensinar os tópicos acadêmicos, mas para ensinar sobre a vida, e também sobre os limites de cada um. A adolescência é o momento onde os jovens tem de aprender, com realismo, quais são seus limites. Isso explica também, na perspectiva do autor, a dimensão separada nas comunidades religiosas (cristãs, judias, muçulmanas). E os projetos de voluntariado e de serviço, que proporcionam experiências reais que ajudam a plugar-se na realidade, no próximo, e não apenas no mundo virtual. É o modo de que as garotas entendam que o conhecimento técnico que elas têm não substitui a sabedoria das mais velhas.

     Um livro desafiante, que provoca a reflexão, e exige dos pais atitudes concretas, assumindo o protagonismo na educação das filhas. Ser pai é uma arte, não uma ciência. E o único modo de atender à solicitação principal deste importante livro: Girls need girl-specific interventions!

Comments 5

  1. Caro Pablo, obrigado pela indicação e principalmente pela resenha do livro, mais uma excelente contribuição para nós pais e educadores. Grande abraço

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