William Faulkner: “Absalão, Absalão”

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Faulkner canta e sonha o Sul profundo americano. Não é uma descrição, mas um delírio sulino onde os protagonistas são o destino, as paixões humanas, a miséria e a compaixão, que se apóiam em personagens que servem de mera desculpa para encarnar todas as atribulações humanas. Por isso, as personagens não se visualizam racionalmente, apresentam-se como atemporais, e a narrativa …

Daniel Innerarity. “Ética de la hospitalidad”

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Daniel Innerarity . “Ética de la hospitalidad’. Península. Barcelona 2001. 222pgs Livro fascinante, instigador, uma aluvião de idéias que pedem desdobramento. Posto deste modo, o conteúdo é infindável, pois depende da interação do leitor, das reflexões que seja capaz de alinhavar no vácuo dos enunciados e afirmações, muitas vezes surpreendentes, sempre desafiadores. Não é um livro fácil, embora não seja …

J.D. Salinger: “Franny & Zooey”. Editora do Autor. Rio de Janeiro. 1970

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Salinger é um autor “Cult”, o que significa que todos se sentem no direito de opinar e vasculhar o significado dos seus escritos. Depois da sua recente morte, o tônus “Cult” aumentou. Acerca deste livro já se escreveu muito. Há quem diga que é uma discussão de caráter religioso, outros uma busca de sentido, outros um ensaio psicológico que mais …

Ivan Turgueniev: “Pais e Filhos”. Abril. São Paulo, 1971

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Contemporâneo de Dostoievsky e de Tolstoi, Ivan Turguéniev é considerado um dos grandes romancistas russos. E o que me surpreende dos russos é sempre o mesmo. Os romances se iniciam com descrições do ambiente, do quadro de costumes imbuídos da moda afrancesada na Rússia Imperial. Tudo muito formal, muito superficial, onde as pessoas não têm nada que fazer –os nobres, …

Carlos Drummond de Andrade: “Cadeira de Balanço”. Record. Rio de Janeiro, 1992. 256 pgs.

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     Ler Drummond é sempre sair com a sensação de que escrever é fácil, algo quase fisiológico. Não se poderia dizer o que ele diz, de modo mais simples e mais claro. Confesso que foi esse com esse propósito que retirei o livro que descansava há alguns anos na prateleira do meu escritório, à espera do momento oportuno. As semanas passadas …

David Gilmour: “O Clube do Filme”. Intrínseca. Rio de Janeiro, 2009. 234 pgs.

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Um escritor, culto, conhecedor de cinema e com traços de anti-herói se defronta com o filho adolescente, que é um verdadeiro desastre no colégio. Surge a proposta: se não queres ir à escola, tudo bem; sempre que te mantenhas longe das drogas, e assistas três filmes por semana comigo. Um belo desafio, que não sabe onde vai dar.  Será que …

David Allen: “A arte de fazer acontecer” (Getting things done). Elsevier. São Paulo. 2005 200pgs.

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Poderia ser um livro de auto-ajuda e talvez seja mesmo. Um livro para fazer melhor as coisas que todos temos de fazer diariamente. Os conselhos não são novos nem brilhantes, mas nem por isso deixam de ter importância; especialmente porque mesmo sendo conhecidos, são poucos os que, no frigir dos ovos, os colocam em prática. O autor recomenda que sendo …

“O Tempo entre Costuras”María Dueñas

Pablo González BlascoLivros Leave a Comment

“O Tempo entre Costuras”María Dueñas Ed. Planeta. Madrid. 2009. 640 págs. Disfrutei enormemente lendo o romance de María Dueñas, naturalmente o original em espanhol, porque embora a tradução me consta ser boa, o sabor de frases que evocam a minha infância, quase os cheiros e perfumes daquela época são de todo ponto intraduzíveis. São 600 páginas de leitura dinâmica, não …

Kazuo Ishiguro. “Não me abandone jamais” Companhia das Letras. São Paulo (2005). 343pgs.

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Romance peculiar, com um suspense “incômodo” que apenas se esclarece no final do livro. As pessoas funcionam corretamente, mas são como de plástico, sem história de vida, sem raízes, sem família. Algo não se entende. E chega mesmo a incomodar as passagens onde se mostra que funcionam sem nenhuma categoria moral, apenas com uma correção formal muito questionável. No fim, …

John Twelve Hawks. “O Peregrino” 496 pgs. Rocco. Rio de Janeiro, 2005.

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Romance de ficção. Uma mitologia que descreve a Imensa Máquina controladora dos homens, os Peregrinos, seres que não estão sob o controle da máquina, e os Arlequins, cuja missão na vida é proteger os Peregrinos. Um romance mistura de capa e espada e Star Wars empolgante e que prende a atenção. Curiosamente, ninguém sabe quem é o autor, se o …