O Concerto: Arte e Beleza que nos abrem à Esperança
Voltei de uma viagem com o nome do filme na agenda. Não o conhecia e logo vi que não seria fácil de conseguir, pois não constava nos catálogos nacionais que costumo consultar. Mas, finalmente, me fiz com ele, coloquei-o no computador, e esperei a ocasião. Não apenas ter tempo, mas sim disposição. A minha não era das melhores.
Um filme, igual que um livro, pode ser ótimo, mas tem o seu momento; enfrentá-lo quando falta sintonia, rende dividendos equivocados, julgamentos indevidos. E, o que é pior, perde-se uma ótima ocasião de estabelecer um diálogo com ele, de aprender e inspirar-se. A arte é isso: uma provocação ao diálogo interior, saber freqüentar nossa intimidade, tirar dali forças e sentido para viver a vida com categoria. A vida supera a arte, mas para viver bem, a beleza que nos chega pela arte é imprescindível.
A ocasião surgiu no passado domingo. Estava saindo de casa para jogar tênis com um amigo, quando tocou o telefone. “Desculpe, tive um imprevisto, não vamos poder jogar”. E agora? Tudo o esquema arrumado para a manhã de Domingo. Há sempre a possibilidade de buscar outro parceiro, mas de última hora, as chances de sucesso são pequenas. Fui dar uma breve corrida –afinal estava com indumentária esportiva, e trocar-se sem fazer esporte tem sabor de fracasso- e voltei pouco depois. Nesse momento, lembrei do filme e, curiosamente, me senti inspirado. Deixei rodar o filme e, em poucos minutos, estava conquistado. A música me convidava ao diálogo.
Leia mais