A PRINCESA E O PLEBEU
A PRINCESA E O PLEBEU. (Roman Holiday) Diretor: William Wyler. Gregory Peck, Audrey Hepburn. Eddie Albert. USA. l953. ll9 minutos.
Poderíamos resumir este filme assim: um romance entre um jornalista e uma princesa, que quer ser Cinderela por um dia. Mas tratando-se de um clássico, é preciso dizer algo mais, a começar pelo diretor. Wyler é um grande diretor, em sentido pleno. Sabe transmitir dramas e emoções, paixões e alegrias. Sabe filmar a vida, em todos seus gêneros. Desde a mulher má, encarnada em Bette Davis (“Jezebel”, “A carta”), dramas humanos (“Os melhores anos da nossa vida”, “Chaga de fogo”), até épicos com heróis de provada virtude (“Ben-Hur”). Dele podemos esperar sempre um filme de qualidade.
“A Princesa e o Plebeu” foi a descoberta de Audrey Hepburn, atriz genial, eterna menina, que associa ingenuidade e candura, com uma personalidade forte na interpretação. É uma atriz expressiva: diz tudo com os gestos, com o sorriso, com o olhar. Matiza, com sua mímica, as situações. Wyler sabe disto e tira partido. Audrey ganha seu Oscar com mérito. Gregory Peck desenvolve um papel que lhe quadra bem. Alguém disse que é pouco natural, talvez pôr ser desajeitado quando se movimenta. Mas, nos primeiros planos leva sempre vantagem. Peck é um ator para ser visto de perto, não em perspectiva de fundo. Por isso se encaixa bem nos papeis dramáticos, conflitantes.
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