ETERNAMENTE JOVEM
ETERNAMENTE JOVEM (Forever Young). Diretor: Steve Miner. Mel Gibson, Elijah Wood, Jamie Lee Curtis USA 1992. 102 min.

O amor é forte como a morte, diz o Livro Sagrado. Lembrei destas palavras vendo Mel Gibson correr embaixo da chuva, querendo parar o tempo.
Vivemos tempos de pragmatismo e o amor circula no mercado negro, de mão em mão. São apenas subprodutos amorosos, manuseados, com baixo teor de amor forte, com excesso de ganga. Tempos os nossos de desconfiança feroz, de levar vantagem, de toma lá dá cá. Fala-se muito de amor, e cada vez se desconhece mais o miolo dessa realidade, perdido numa selva de equívocos. Um lugar comum, ou -com perdão dos filósofos medievais- quase um flatus vocis, que nos abeira da indiferença.

As cenas de Eternamente Jovem nos falam de amor romântico e verdadeiro. De um amor que corre no contrarrelógio do tempo, e no contragosto dos sentimentos vigentes na moda. “Passe duas horas com quem você estaria uma eternidade”. São os outdoor da cidade anunciando a fita em lançamento. Tem seu encanto. Agradece-se uma lufada de romantismo, ar fresco, chuva de verão que ventile o ambiente abafado de egoísmo, de procura doentia do prazer.
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