José Lasaga Medina & Antonio López Vega: “Ortega y Marañón ante la crisis del liberalismo”
José Lasaga Medina & Antonio López Vega: “Ortega y Marañón ante la crisis del liberalismo”. Ediciones Cinca. Madrid. 2017. 250 pgs.
Uma viagem com rápida passagem por Madrid, e uma cerveja com um velho amigo, rendem-me este novo livro da sua autoria. As figuras de Ortega y Gasset y de Gregorio Marañon, que me são tão caras e de quem muito tenho aprendido, aparecem mais uma vez juntas: na capa do livro, em foto significativa, nos textos que deles se recolhem, e no pensamento liberal, objeto da presente obra.
O ensaio sobre Ortega, traz reflexões que já conhecia, mas que sempre se relem com gosto, como os trechos das Meditações do Quixote. “Cada qual é filho das suas obras; considera, irmão Sancho que ninguém é mais do que outro até que não faça mais do que o outro. O verdadeiro individualismo não é ser diferente, mas fazer-se diferente. O indivíduo é poder criador de diferenças”.
O ser liberal que implica entender o outro, coisa que “irrita a qualquer espanhol: que o próximo existe e é preciso contar com ele (…) O liberalismo é a suprema generosidade: é o direito que a maioria outorga à minoria e, por tanto, o mais nobre grito que ressoou no planeta. Proclama a decisão de conviver com o inimigo, ainda mais, com o inimigo débil”.