Buscando uma Humanização Sustentável da Medicina
Publicado originalmente em SlowMedicine
No passado dia 18 de outubro, dia do Médico, o CREMESP lança uma campanha para Humanizar a Medicina , aponta ser tema prioritário e lembra a importância do calor humano e da relação médico paciente. No vácuo desta iniciativa corporativa do Organismo que regula a profissão médica anotamos as seguintes reflexões.
A Humanização da Medicina assume notável protagonismo na agenda dos Educadores na Academia, e dos Gestores nos diversos Sistemas de Saúde. O motivo é claro: nos dias de hoje a medicina tem de ser forçosamente humana se quer pautar-se pela qualidade e pela excelência. Humanizar a Medicina é, assim, além de uma obrigação educacional uma condição de sucesso para o profissional de saúde.
O modo mais prático de perceber esta necessidade é observar as consequências que a sua ausência provoca. Quando existe um clamor pela Humanização de uma situação, de uma atitude ou profissão é porque de algum modo se reclama algo que se entende como essencial em determinada circunstância concreta. No caso da medicina, as chamadas de atenção costumam vir da parte do paciente, como advertência que orienta na recuperação de algo que, tendo-se o direito de esperar do médico e da medicina, não se encontra na prática.