Salvador de Madariaga: Hernán Cortes.
Ed. Espasa. Madrid 1948. 739 págs. Português: Ed. Ibrasa São Paulo. 1961. 425 págs..
Uma recente viagem, passando pela Cidade de México, por conta de uma conferência sobre Humanismo Médico em Tempos de Crise, foi um dos estopins para voltar sobre este livro, que já tinha lido há mais de três décadas. Mas houve outro: o recente musical, Malinche, criado por Nacho Cano, um roqueiro dos anos 80 na Espanha, que após 12 anos de pesquisa, reedita a história de Cortés e da mulher que, do seu lado, foi a ponte das culturas hispânica e mexicana. Melhor do que falar do musical, vale ler a entrevista que o compositor deu há um par de meses. E ainda, assistir o making-off da produção que é magnífico.
A biografia de Cortés é um dos trabalhos mais consagrados de Salvador de Madariaga: profunda, séria, repleta de bibliografia. Um retrato -externo e interno- do conquistador espanhol. Uma história que, com frequência, se desfoca e se reconta com narrativas variadas, todas elas carentes de rigor científico. Por isso, após ver Malinche, e admirar o trabalho investigativo do compositor, não consegui evitar reler a obra de Madariaga.
Está fora de propósito fazer nestas linhas um resumo desta obra, até porque a leitura, pausada e atenta, é necessária para entender Cortés e seu entorno Vale sim, apontar alguns aspectos a modo de destaque, pois são muitas vezes os que se tergiversam em narrativas recontadas e superficiais.
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