Sheila Sarra: Quando a tempestade chegar
Urutau. São Paulo. 2025. 115 págs.

Não consegui estar presente no lançamento deste livro de uma colega querida, culta, atenta aos detalhes e às notícias do mundo, e agora escritora. Mas chegou-me um exemplar com dedicatória carinhosa através de outro amigo, também colega de turma e escritor, que se lançou a presidir a AFE (Associação dos Fundidos Escritores) na qual me incluiu. Mas isso é outra história.
Agradeci a ambos o detalhe, e logo nas primeiras páginas algo me fez lembrar daquele livro magnífico do Dino Buzzati, O Deserto dos Tártaros. Os tártaros por aparecer, lembraram-me a tempestade por chegar. E desse modo fiz saber à autora, logo no início da minha leitura.
E como no livro dos Tártaros, que é narrado através da pupila do jovem oficial destinado ao Forte Bastiani, a expectativa da tempestade é filtrada pelo olhar do Pepe, o protagonista. Não apenas pelo olhar mas pelos sentimentos, coração, dúvidas, questões não resolvidas. Enfim, pela vida dele. Como dizia Fernando Pessoa: o que vemos não é o que vemos, mas o que somos.
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